O Facismo no Brasil (AIB) e a ANL

Ação Integralista Brasileira (AIB). Seu lema era: Deus, pátria e família
Foi na época de Vargas que surgiu o Integralismo, o qual tinha um forte apelo Facista e gozava da simpatia de Vargas. Eles eram extremamente nacionalistas, adotavam o "anauê" (expressão indígena) como cumprimento, eram contra os Comunistas e eram a favor de um governo autoritário, que pudesse levar o país ao progresso.


Integralistas: até as fardas se pareciam com as dos nazistas. Getúlio tinha simpatia pelo Facismo, e essa foi a principal razão do fim do seu primeiro mandato. Na 1ª Guerra Mundial, ele lutou contra o Facismo e ao lado do Liberalismo. Quando acabou o conflito, a população não queria mais aquela ditadura.

Luis Carlos Prestes sendo nomeado presidente da ANL
Em resposta a AIB, surgiu uma frente popular, a Aliança Nacional Libertadora (ANL), com traços parecidos com o comunismo, lembrando que não eram. Os comunistas do Brasil, se reuniam no PCB (partido comunista brasileiro). A ANL defendia a reforma agrária, o que incomodava os latifundiários. Em resumo, era contra o Imperialismo (a entrada de multinacionais no país), o latifúndio, o facismo integralista e Gentúlio.
Quando Vargas decretou a ilegalidade da ANL, Prestes organizou uma revolta da ANL, para tomar o poder. No entando ela foi mal executada, o máximo que conseguiram foi 3 dias no poder do Rio Grande do Norte. Esse movimento ficou conhecido como Intentona Comunista.
O movimento não foi feito pelo PCB, mas Vargas preferiu  colocar a culpa no partido, alarmando o "Perigo Vermelho", a ameaça do comunismo sobre a população. A Intentona Comunista, como ficou conhecida às ordens de Vargas, o ajudou a dar o Golpe do Estado Nivo
Graças a má organização, a Intentona foi facilmente repreendida. Na foto, soldados do Rio garantindo que o comunismo não atingiria o país

Ela era alemã e judia.
O Komintern (orgão de Moscou, que controlava ações socialistas por todo o mundo), instruiu Olga Benário a acompanhar Prestes na sua missão no Brasil. Na viajem, os dois se apaixonaram e chegaram a se casar. Mas com o fracasso da Intentona, ele foi preso e Olga foi mandada grávida de volta para Alemanha, onde teve seu filho em um campo de concentração e depois foi executada numa câmara de gás.



Aproveitando que a população já estava com medo que o comunismo se espalhasse, os Integralistas forjaram um plano para Vargas, o Plano Cohen, em que supostamente os comunistas desejavam tomar o poder. Foi assim que Vargas conseguiu um respaldo para fechar o Legislativo, a extinção dos partidos políticos, fechamento do congresso, ficando com superpoderes para instaurar uma ditadura.

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Como Vargas conseguiu ser tão amado?


Os mesmos militares que tirariam Vargas do poder, o colocaram em 1930, quando o país vivia a crise de 29 e o café, principal produto exportado pelo Brasil, entrava em crise afetando todos os brasileiros.
Ele foi apoiado pela Aliança Liberal (foto ao lado), formada por Minas, Rio Grande do Sul e Paraíba, pois com a queda do café, os paulistas da "República do café com leite", envés de nomearem um mineiro, nomearam outro paulista.
Mas não foi com o apoio desse aliança que Vargas conseguiu ser tão popular. Ele, assim como outros da América Latina na época, utilizou-se do Populismo para se manter no poder.





O Populismo de Vargas também pode ser chamado de Trabalhismo, graças a sua maneira de lhe dar com os trabalhadores, exaltando o trabalho como ferramenta de crescimento do país. Nesse sentido ele foi criando várias leis trabalhistas e as reuniu na CLT (consolidação das leis trabalhistas).

Vargas, ao mesmo tempo que cativava os operários, conseguia controla-los. Havia uma espécie de "pacto populista", onde ele pedia que os trabalhadores fossem disciplinados e em troca os daria cada vez mais direitos. Vargas nunca deixou os latifundiários de lado, desde o começo procurou protege-los, a novidade da época é que a industrialização começava a ser incentivada.
É bom lembrar que a CLT incluía apenas os trabalhadores urbanos. Isso favoreceu a emigração de muitas pessoas vindas do campo e de outras regiões (apesar de Vargas incentivar muito a industrialização, essa aconteceu basicamente no Sudeste). Na imagem, família de retirantes nordestinos, de Portinari. Mesmo a vida difícil nas favelas era melhor que a vida no sertão.
A imagem de "pai dos pobres" foi construída pela DIP, Departamento de Imprensa e Propaganda, que controlava e censurava tudo, para garantir que nada fosse dito contra o governo, além de inúmeras propagandas a favor do governante.

Obra do DIP para enaltecer a CLT

Vargas também usou a educação para cravar na mente das pessoas as boas realizações do eu governo, além de produzir mão de obra qualificada para as indústrias.

O rádio, veículo que atingia a maior parte da população, foi muito usado para propagandas. Por exemplo, quando Vargas deu o Golpe do Estado Novo, em 1937, ele cancelou as eleições que deveriam vir em 38 e acabou com o Legislativo, acabando com tudo que tinha sido conquistado com a constituição de 1934 - voto secreto, direto e feminino. No rádio as pessoas ouviam que apenas havia uma nova constituição (que por sinal tinha influências facistas da Polônia, sendo chamado de Polaca).
O samba foi muito importante para nutrir os sentimentos nacionalistas do povo brasilero, além de, é claro, influenciar nos costumes. Era proibido, por exemplo, falar-se na malandragem, enquanto que enobreciam o trabalho. 
Vargas cativou tanto a população, que ao fim do seu primeiro mandato foi criado um movimento que não queria sua saída do poder: o queremismo. Tantos anos de propaganda ideológica tinham dado certo pelo menos para parte da população. Alguns anos depois ele voltaria mais uma vez ao governo.
Eles não queria acabar com a opressão da ditadura, o controle dos sindicatos e a falta de democracia do Estado Novo.

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JK: Do desenvolvimentismo na indústria à MPB

JK assumiu após o suícidio de Vargas e o breve governo de Café Filho, em 1956, ficando até 1964.
Ele tinha como slogan de sua campanha: "50 anos em 5". Seu projeto de governo era o Plano de Metas, que estabelecia as áreas de atuação do governo: transportes, energia, indústria, educação e alimentos, sendo que esses dois últimos não atingiram resultado.
O Plano de Metas intensificou o desenvolvimento no Sudeste, aumentando as desigualdades regionais e intensificando a migração para as cidades, favorecendo a formação de favelas. Foi a partir dessa disparidade que foram criados os orgão para desenvolvimento da outras regiões, como a Sudene e e Sudam.
Foi pensando em desenvolver o Brasil que JK abriu o país para entrada de multinacionais, pois acreditava que nação industrializada era nação desenvolvida, o que ao longo do seu governo foi se mostrando contrário. O Brasil passou a produzir mais bens de consumo duráveis, sustentando e dando continuidade à política de substituição de importações (iniciada na república velha e com destaque no governo de Vargas). Predominou o modelo tripé de produção, no qual os bens de consumo duráveis eram dominados pelas indústrias estrangeiras, os de produção e bens de capital pelo estado, e os de consumo não-duráveis pela indústria nacional. 
 


Foi assim que ele aumentou muito a dívida externa: Pedia muito dinheiro emprestado para construir estradas e obras que mais serviram como propaganda do seu governo. Brasília foi um exemplo disso, afastando o eixo político do eixo econômico e populacional (RJ).



Também emitiu bastante papel-moeda, aumentando a inflação, o que atingia as camadas mais pobres, assim, a classe média tinha acesso a televisões, maquinas de lavar, carros e etc, enquanto a classe pobre ficava cada vez mais pobre.
A partir dos anos 50, os EUA começaram a exercer grande influência na cultura do mundo ocidental, desse modo, uma grande parte da população adorou a entrada de multinacionais estrangeiras no Brasil, com elas vinheram também influências da música e do cinema.
James Dean, badboy dos filmes americanos
Foi nesse contexto que no Rio de Janeiro surgiu a Bossa Nova, idealizada por jovens do Rio de Janeiro, que misturavam o samba brasileiro com o Jazz americano, surgindo nomes como João Gilberto, Carlos Lyra, Tom Jobim, Vinícius de Moraes e Nara Leão, tratando de temas do cotidiano.
JK ficou conhecido como "presidente Bossa Nova"

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